Em 06 de outubro de 2.012 a
cantora pernambucana Ju Mota denunciou ter sido enganada quanto à autoria de
uma obra que ela gravara. Ju Mota valeu-se dos espaços virtuais do Clube Caiubi
de Compositores, principal núcleo organizado de letristas e compositores na
América Latina, para efetivar sua denúncia:
http://clubecaiubi.ning.com
http://clubecaiubi.ning.com/forum/topics/comunicado#ixzz2Gahllx00
“Caros amigos, boa tarde!
COMUNICADO IMPORTANTE!!!
Algum tempo atrás, eu gravei uma música, que
até a poucos minutos, eu a conhecia pelo nome de "Colibri
Apaixonado". Onde o cantor Nelsinho Moralle, se dizia autor da música,
liberando para que eu gravasse...
Hoje fui informada que a música não tem esse
nome e sim, "Romance de Colibri", onde realmente, tem essas palavras
na letra da música, e seus verdadeiros autores são "PEDRO BOI e
BRAÚNA".
Entrei em contato com o compositor, Pedro
Boi e ele me confirmou a sua autoria, junto com o Braúna, assim como mais
outras músicas que o Nelsinho Moralle, diz ser de sua autoria.
Pedi mil desculpas, pois assim como ele, fui
enganada e não iria mais cantar e nem tocar a música.
O cantor e compositor Pedro Boi, de Montes
Claros-MG, disse-me que ouviu várias vezes a música cantada por mim e que eu
podia cantar e tocar a vontade, além de que, irá me enviar todo o seu trabalho,
para que eu grave a vontade, suas composições.
O processo já está na justiça, conforme o
meu novo amigo Pedro Boi afirmou.
Agradeço a amiga France da Matta pelas
informações, que poderiam ter me levado também, a um processo judicial.
Irei alterar o vídeo que consta no youtube,
onde colocarei o nome correto da música e seus autores.
Peço aos amigos que têm rádios e estão com o
meu material, corrigir o nome da música "Colibri Apaixonado" para
"Romance de Colibri".
Quero também, dizer a todos, que esse tipo
de comportamento, não faz parte da minha índole, pois meu pai me ensinou a ter
caráter!!!
Obrigada a todos pela consideração.
Para maiores esclarecimentos podem entrar em
contato com o compositor PEDRO BOI pelo fone: (38)3214-1027 Montes Claros - MG.”
A partir da denúncia original de Ju Mota, que levou à imediata expulsão
de Nelsinho Moralle (na verdade, Nelson Morale Junior) do Clube Caiubi, alguns
compositores do Estado de São Paulo, Bahia e Brasilia começaram a recolher o
material apresentado como de autoria de Nelsinho Moralle como seu, para a
comparação com outras obras; objetivava-se encontrar outros plágios ou
apropriações indébitas no material que Nelsinho apresentava como seu.
O material, pretensamente componente do seu último CD encontra-se
integralmente no site abaixo:
Esse CD foi lançado com recursos
públicos através de verbas oriundas da Petrobras, Caixa Econômica Federal e
Ministério da Cultura.
Ouvindo o material e comparando com composições existentes percebe-se
que todo o conteúdo é na verdade parte componente dos últimos CD’s de Pedro
Boi, e que esse teria sido integralmente roubado por Nelsinho Moralle. Pior.
Não houve apenas plágio. Nelsinho usou o mesmo áudio de Pedro Boi, roubou não
só as composições como o áudio, apenas mudando a capa do CD e o nome das
músicas e inventando parcerias que facilitaram a captação de recursos públicos.
Vejamos:
A música apresentada com o título de Vida de Violeiro, uma suposta
parceria entre Nelson Moralles e Almir Sater (http://mais.uol.com.br/view/ggd66l2h2wd1/06-vida-de-violeiro--nelson-moralle-e-almir-sater-04023362D4C96366?types=&) chama-se na verdade Passarim Cantadô,
gravada por Pedro Boi e o Grupo Agreste (de Montes Claros) e também por Sérgio
Reis em seu CD “Ventos Uivantes” de 1.994 Ocorre, inclusive, da música ser
creditada erroneamente a Sérgio Reis em sites musicais (http://letras.mus.br/sergio-reis/832576/), contudo, mantendo-se seu nome verdadeiro.
O site do ECAD confirma a autoria de Passarim Cantadô com sendo de Ildeu
de Jesus Lopes (conhecido como Braúna, e que já foi secretário de cultura de
Montes Claros / MG) e Pedro Raimundo dos Reis (Pedro Boi).
Demais sites, e os encartes originais dos discos de Sérgio Reis
confirmam a autoria a Pedro Boi e Braúna:
A música apresentada como “Legado
da Liberdade” (http://mais.uol.com.br/view/ggd66l2h2wd1/10-legado-de-liberdade--nelson-moralle-04023866E4C16366?types=&)
chama-se na verdade Zumbi (http://www.youtube.com/watch?v=vNs1rAtz6n4).
A música apresentada como
“Colibri Apaixonado” (http://mais.uol.com.br/view/ggd66l2h2wd1/01-colibri-apaixonado--nelson-moralle-04023264E4C16366?types=A&),
chama-se na verdade Romance do Colibri (http://www.youtube.com/watch?v=myFy2JezHc0)
A música apresentada como
“História de Pescador” ( http://mais.uol.com.br/view/ggd66l2h2wd1/15-historia-de-pescador--nelson-moralle-0402316AE4C16366?types=&
) chama-se na verdade Meu Cavalo se Chama Disco Voador (http://www.youtube.com/watch?v=LFf_hM-1NTo).
A música apresentada como “A
Gente só quer amar” (http://mais.uol.com.br/view/ggd66l2h2wd1/05-a-gente-so-quer-amar--nelson-moralle-04023764E4C16366?types=A&)
chama-se na verdade Ventania (http://www.youtube.com/watch?v=lkjSAqctZFk).
Não bastasse lesar Pedro Boi e
Braúna, compositores de Montes Claros, norte de Minas Gerais, o falsário
Nelsinho Moralle ainda se intitulou autor de uma das obras musicais mais
conhecidas do poeta Salgado Maranhão.
No vídeo a seguir (http://www.youtube.com/watch?v=Ag497TvKjBE),
veiculado pela Rede TV, em que o apresentador Carlos Aimar, ex-prefeito da
cidade paulista de Araçariguama declara-se ‘amigão’ do farsante, Nelson Moralle
apresenta-se como autor da música “Caminhos do Sol” que foi tema da novela
global “A Viagem” (era tema da personagem Liza, de Andrea Beltrão). Na verdade
Caminhos do Sol é uma parceria de Herman Torres e Salgado Maranhão, foi gravada
inicialmente por Zizi Possi e depois pela banda Yahoo.
Para participar de outro programa
de televisão o falsário apresentou-se para a redação como autor de músicas de
outra novela global, Sinhá Moça.
Ele referia-se à música Quando a
Gente Ama, interpretada por Osvaldo Montenegro:
Segundo o ECAD, os autores de
“Quando a Gente Ama” são Marcelo Barbosa, Elcio Barreti, Fábio Leal e Evanil
Silva.
Faltou aqui as capas dos cds,tanto o original do Pedro Boi qt ao da fraude.
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